Dueto das invernias
André Oliveira, Edilberto Bérgamo
Mi- La- Re7
O inverno chegou guasqueando rebencaços de minuano
Sol
Sapecando o couro do paisano e o tapete das sesmarias
Mi- La- Re7
Veio arrepiar o pelo do eguedo no socado
Sol
Assoviando no aramado o dueto das invernias
Esta aragem sulina que se agranda a encarangar
Esbarra num bichará e no meu cabumgo tapeado
Faz talarear compassado a roseta das espuelas
Rebojando a pontesuela na franja do meu gateado
Sol Re7 Sol
Um velo branco descamba pelo lombo das canhadas
Do Re7
Com apojos de alvorada desaguachada em sereno
Fa Do
Num trotezito tranqueando o vento tosta macega
Re- Sol7 (La-)
Calando a geada sem trégua no repechar do terreno
Com meia braça de sol a tarde bolca mermando
E a noite se arranchando sombreia várzea e coxilha
O sopro que vem dos Andes vara a quincha do galpão
Mas se trompa com os tição volgoneando coronilhas
Então recosto o porongo ao pé da guaxa cambona
Sobre as abas da carona dou de mão na botoneira
No templo de picumãs aqueço sonhos e segredos
Desentanguindo meus dedos no brazedo das ilheiras
É assim que um fronteiro aquebranta as invernias
Aclimatando a sinfonia de ranger paysandú em potros
Há um pai de fogo que guarda a alma bugra no tempo
Ou vem por diante nos tentos num rancho marca piloto
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