Lisandro Amaral - Hospital de Guerra
G D7
Batalha e resto de povo
G
No luto em busca de terra
D7
Encontram-se pranto e sangue
G
Gemendo a sobra da guerra
D7
Batalha e resto de povo
G
O mesmo sangue da terra
D7
Mais um que tomba em combate
G
Provando o triste da guerra
B7 Em
Genuíno,traz a tesoura!
B7 Em
E mais um ramo de malva
C G
Quem sabe a bênção do campo
D7 C G
O braço guerreiro salva
B7 Em
Genuíno,mais fumo e cinza
B7 Em
Que aqui requer benzedura
C G
E o doutor tenente disse
D7 C G
Que em guerra a fé também cura
D7
Batalha e resto de povo
G
No luto em nome da terra
D7
João Guerreiro fecha os olhos
G
Provando o gosto da guerra
G G7 C G D7 G
J.' Gaudério
"Sou a alma cheia e tão longa,
Como os caminhos que voltam
Substituindo os espinhos
E a perda de alguns carinhos.
Velhos e antigos afrontes,
Surgiram muitos, aos montes,
Nesta minha vida aragana,
Destas andanças veterana,
De ir descampando horizontes."
(Eis o Homem / Marco Aurélio Campos)
sábado, 11 de fevereiro de 2012
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Rui Carlos Ávila - Recado de Um Domador...
Recado de Um Domador
Compositor: Ruí Carlos Ávila
Tom: A#
Gm
Te mando um mouro tapado
Cm7
Por confiança e tradição
D7
Por domador afamado
Gm
Que conhece as precisão
Com ele segue esse verso
Cm7
Que eu assino no final
D7
Sem pretensão eu te peço
Gm
Que assim me ajeite o bagual
Cm7
Que ele não saia assustado
F7/4/9 (8ª casa pestana)
Pra tirambaço ou estouro
Bb7+
Que não refugue a fumaça
D#
O ferro branco e o couro
Cm7
Que sobre sempre coragem
D7
Nos encontros desse mouro
Pra pechar sobre a paleta
D7, Cm7 Bm D7 Gm Fm,G7,Cm7
Livrando as aspas do touro
Cm7 F7/4/9
Me deixe o bagual tapado
Bb7+ D#
Mas bem manso de garupa
Cm7 D7
Que o sangue de indio vago
D# Em7(b5) D7
Vez em quando me cutuca
Cm7 F7/4/9
Nas casas beira-de-povo
Bb7+ D#
Donde a luz não apaga nunca
Cm7 D7
Corpeio armada de china
D# Em7(b5) D7 Gm
Desarmando a arapuca
D#7 D7 Gm7
Gm
E eu não quero esfogueteado
Cm7
Se judiando nas partida
D7
Eu quero é calmo e armado
E pronto pra qualquer lida
Gm
Com a crina não tem mistério
Cm7
Corata um meio cogotilho
D7
Deixa o cavalo mais sério
Gm
Igual quem vem no lombilho
Cm7
De boca até nem te falo
F7/4/9
Que teu freio é uma balança
Bb7+
Que atenda sempre o pealo
D#
Quando eu leve a mão na trança
Cm7
Cinchador pra qualquer peso
D7
E bandeador de rio fundo
Orelha, pescoço, teso
D7, Cm7 Bm, D7 Gm Fm,G7,Cm7
Pra se inteirar do seu mundo
Cm7 F7/4/9
Deixa bem manso das patas
Bb7+ D#
Nem maula nem cosquilhoso
Cm7 D7
Que com carinho eu lhe bata
D# Em7(b5) D7
Bem na tabua do pescoço
Cm7 F7/4/9
E lhe cochiche baixinho
Bb7+ D#
Mirando campos e bois
Cm7 D7
Que agora nós somos dois
D# Em7(b5) D7 Gm
Pra nenhum andar sozinho
Compositor: Ruí Carlos Ávila
Tom: A#
Gm
Te mando um mouro tapado
Cm7
Por confiança e tradição
D7
Por domador afamado
Gm
Que conhece as precisão
Com ele segue esse verso
Cm7
Que eu assino no final
D7
Sem pretensão eu te peço
Gm
Que assim me ajeite o bagual
Cm7
Que ele não saia assustado
F7/4/9 (8ª casa pestana)
Pra tirambaço ou estouro
Bb7+
Que não refugue a fumaça
D#
O ferro branco e o couro
Cm7
Que sobre sempre coragem
D7
Nos encontros desse mouro
Pra pechar sobre a paleta
D7, Cm7 Bm D7 Gm Fm,G7,Cm7
Livrando as aspas do touro
Cm7 F7/4/9
Me deixe o bagual tapado
Bb7+ D#
Mas bem manso de garupa
Cm7 D7
Que o sangue de indio vago
D# Em7(b5) D7
Vez em quando me cutuca
Cm7 F7/4/9
Nas casas beira-de-povo
Bb7+ D#
Donde a luz não apaga nunca
Cm7 D7
Corpeio armada de china
D# Em7(b5) D7 Gm
Desarmando a arapuca
D#7 D7 Gm7
Gm
E eu não quero esfogueteado
Cm7
Se judiando nas partida
D7
Eu quero é calmo e armado
E pronto pra qualquer lida
Gm
Com a crina não tem mistério
Cm7
Corata um meio cogotilho
D7
Deixa o cavalo mais sério
Gm
Igual quem vem no lombilho
Cm7
De boca até nem te falo
F7/4/9
Que teu freio é uma balança
Bb7+
Que atenda sempre o pealo
D#
Quando eu leve a mão na trança
Cm7
Cinchador pra qualquer peso
D7
E bandeador de rio fundo
Orelha, pescoço, teso
D7, Cm7 Bm, D7 Gm Fm,G7,Cm7
Pra se inteirar do seu mundo
Cm7 F7/4/9
Deixa bem manso das patas
Bb7+ D#
Nem maula nem cosquilhoso
Cm7 D7
Que com carinho eu lhe bata
D# Em7(b5) D7
Bem na tabua do pescoço
Cm7 F7/4/9
E lhe cochiche baixinho
Bb7+ D#
Mirando campos e bois
Cm7 D7
Que agora nós somos dois
D# Em7(b5) D7 Gm
Pra nenhum andar sozinho
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Cifra... Marcelo Oliveira e Xirú Antunes...
ME PROCURANDO
Xirú Antunes e Marcelo Oliveira
“...Me procurando me fui ao trote,
Depois, ao tranco, não quis galope...
Que este meu mouro é pensativo igual ao dono...”
Am Dm
Me procurando achei teus olhos
Dm/F Am
Pelos caminhos de flor e encanto
Am G F E
E a sede grande dos acalantos me fez pousar sob teu manto
Dm Am
Me procurando, me procurando...
Dm
Por sacramento depois Rio Grande
Am
E pela idade do puro zaino,
Am G F E
Fui farroupilha e castelhano brotando em versos de Don Caetano
Dm Am
Me procurando, me procurando...
Dm
É num pealo de armada grande
Am
É bem ali que me agiganto
F
Encontro a raça dos meus avós
C
Pisando firme no céu dos campos
G F
Na infância bugra, o andar pampeano
Am
Um gurizito vare o galpão,
G F
Levanta poeira, e a mesma poeira
Am
Encontra o rastro dos meus garrão
Dm Am
Me procurando, me procurando...
“...Me procurando no olhar do índio
Revi meu povo nos arremates do alambrador
Na esquila antiga feita a martelo
Na polvadeira de um redomão
Nos olhos tristes de algum poeta
Que canta coisas do coração
Que viu o tempo matando tempo
Num rancho tosco quincha e torrão...”
Dm
Me procurando de um lado a outro
Am
Neste rio grande guacho de mão
F
Jeito de vento quando amanhece
C
De alma branca de cerração
G F Am
Me procurando, me procurando...
G F Am
Me encontrei simples... De alma rincão...
Xirú Antunes e Marcelo Oliveira
“...Me procurando me fui ao trote,
Depois, ao tranco, não quis galope...
Que este meu mouro é pensativo igual ao dono...”
Am Dm
Me procurando achei teus olhos
Dm/F Am
Pelos caminhos de flor e encanto
Am G F E
E a sede grande dos acalantos me fez pousar sob teu manto
Dm Am
Me procurando, me procurando...
Dm
Por sacramento depois Rio Grande
Am
E pela idade do puro zaino,
Am G F E
Fui farroupilha e castelhano brotando em versos de Don Caetano
Dm Am
Me procurando, me procurando...
Dm
É num pealo de armada grande
Am
É bem ali que me agiganto
F
Encontro a raça dos meus avós
C
Pisando firme no céu dos campos
G F
Na infância bugra, o andar pampeano
Am
Um gurizito vare o galpão,
G F
Levanta poeira, e a mesma poeira
Am
Encontra o rastro dos meus garrão
Dm Am
Me procurando, me procurando...
“...Me procurando no olhar do índio
Revi meu povo nos arremates do alambrador
Na esquila antiga feita a martelo
Na polvadeira de um redomão
Nos olhos tristes de algum poeta
Que canta coisas do coração
Que viu o tempo matando tempo
Num rancho tosco quincha e torrão...”
Dm
Me procurando de um lado a outro
Am
Neste rio grande guacho de mão
F
Jeito de vento quando amanhece
C
De alma branca de cerração
G F Am
Me procurando, me procurando...
G F Am
Me encontrei simples... De alma rincão...
Rui Carlos Ávila - Se o Amor Anda Distante...
Rui Carlos Ávila - Se o Amor Anda Distante
Compositores: Aldenir Lencine Silva/ Jairo Lambari Fernandes
Tom: A
(intro) E7M(9) A9 B/A B/G# C#(b9) A/F# B9 E7M(9)
E7M(9)
Quando o silêncio se arranchar junto de mim
B/G# A#/G
Nestes confins, onde a saudade fez morada
A/F#
Lua timbrada no sossego das alturas
A9 B9
Cevando um mate pra sorver a madrugada
A9 B/G# A/F#
Quem traz distância nas retinas estradeiras
B9 E7M(9)
Abre porteiras quando a dor da solidão
A9 B/G# A/F#
Vara o galpão e contamina quem mateia
B9 E7M(9) D6/9
Tecendo a teia que enredou meu coração
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
Bm7 D6/9 Bm11
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
A9 B9 E7M(9)
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
( A9 B/A B/G# C#(b9) C#7 A/F# B9 E7M(9) )
E7M(9)
Quem sabe um verso que pousou na flor vermelha
B/G# A#/G
Siga as abelhas e consiga te encontrar
A/F#
Pra te falar da dor do amor que alucina
A9 B9
Na triste rima de quem vive a te esperar
A9 B/G# A/F#
E se meu verso não puder te convencer
B9 E7M(9)
E o teu silêncio for resposta pra esta ausência
A9 B/G# A/F#
Tenhas certeza que as flores da primavera
B9 E7M(9) D6/9
Serão mais belas se voltares pra querência
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
Bm7 D6/9 Bm11
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
A9 B9 B7 E7M(9) E
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
Compositores: Aldenir Lencine Silva/ Jairo Lambari Fernandes
Tom: A
(intro) E7M(9) A9 B/A B/G# C#(b9) A/F# B9 E7M(9)
E7M(9)
Quando o silêncio se arranchar junto de mim
B/G# A#/G
Nestes confins, onde a saudade fez morada
A/F#
Lua timbrada no sossego das alturas
A9 B9
Cevando um mate pra sorver a madrugada
A9 B/G# A/F#
Quem traz distância nas retinas estradeiras
B9 E7M(9)
Abre porteiras quando a dor da solidão
A9 B/G# A/F#
Vara o galpão e contamina quem mateia
B9 E7M(9) D6/9
Tecendo a teia que enredou meu coração
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
Bm7 D6/9 Bm11
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
A9 B9 E7M(9)
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
( A9 B/A B/G# C#(b9) C#7 A/F# B9 E7M(9) )
E7M(9)
Quem sabe um verso que pousou na flor vermelha
B/G# A#/G
Siga as abelhas e consiga te encontrar
A/F#
Pra te falar da dor do amor que alucina
A9 B9
Na triste rima de quem vive a te esperar
A9 B/G# A/F#
E se meu verso não puder te convencer
B9 E7M(9)
E o teu silêncio for resposta pra esta ausência
A9 B/G# A/F#
Tenhas certeza que as flores da primavera
B9 E7M(9) D6/9
Serão mais belas se voltares pra querência
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
Bm7 D6/9 Bm11
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
A9 B/A
Se o amor anda distante dos limites do lugar
B/G# G#dim
E só em sonhos minha mão te alcança um mate
C#7 A/F# B9
Sei que renasce nas flores que hão de ficar
A9 B9 B7 E7M(9) E
Dentro do rancho, perfumando o nosso catre
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Poesias... Vaine Darde...
LOUCO
Vaine Darde
Eles me interditaram...
Afastaram-me das domas,
Não me deixaram usar adaga,
Nem, sequer, cuidar do fogo...
E conspiraram contra mim
Com silêncio e solidão.
Pois alegam, uns aos outros,
Que me tornei perigoso
Desde quando me encontraram
Conversando com as ovelhas,
Desde quando descobriram
Que eu cultivo girassóis
Por devoção às abelhas.
Dizem que ando variando
Com milongas circulares
Na canção dos cata-ventos,
Que fiquei de miolo mole
E me desfiz das esporas
Por ter pena dos cavalos...
Proibiram-me transpor
Os limites da porteira
Numa espécie de desterro
Que me exila na querência.
Mas, eu sei que eles não sabem
Que os olhos de quem sonha
Vêem além dos horizontes...
Eles dizem que sou louco
Porque vago pela estância
Conferindo cada ninho
Onde os vôos eclodiram,
Fazendo tenda do pala
Sobre o topo das coxilhas
Pra navegar nas estrelas
Nessas noites de verão...
(Imagina se soubessem que eu carrego,
nos pessuêlos, uma colméia de versos...)
Mas enquanto eles proseiam
Agrupados no galpão,
Para encantar meu silêncio
O vento canta pra mim,
As sangas cantam pra mim,
Os grilos cantam pra mim.
Enquanto eles, que se julgam certos,
Tomam mates sonolentos
Com a água da cacimba.
Eu, numa cambona de açude,
Sorvo a lua num porongo
E povôo a solidão
Com as ausências que me habitam.
Eu embrulho a palavra
Numa folha de papel
Onde guardo traduções de ocasos e auroras,
Onde exponho meu silencio
Com zumbidos de abelha
E confesso a ternura
Que dedico aos que me odeiam.
Eu trabalho mais que eles.
Sou só um nas sesmarias
Pra saber de cada flor,
Pra saber de cada pássaro
Com que o campo sinaliza
E os outros não percebem...
Eles, sequer, reparam
Quanto sol de cada dia
Se acumula nas laranjas,
Que porção de lua cheia
Se derrama em frenesi
Na gestação da semente.
Eu, sim, eu sou livre entre
o campo e as estrelas,
Eu sei todos os caminhos
que a querência me revela
Porque vivo além de mim
O que a vida me concede.
Mas, se louco é ser dono de si mesmo
E saber que as laranjeiras
Choram lagrimas de pétalas
Num cio vertiginoso
De excessiva floração,
É ter consciência plena
Que a loucura é a poesia
Que, por não caber no peito,
Se extravasa em dialetos
E ilumina seus eleitos:
Então eles estão certos:
Eu sou mesmo perigoso,
Uma ameaça constante
De povoar o galpão
Com guitarra e arco-íres,
E abelha, e girassol.
Não , não é a mim que eles temem
Porque sabem inofensivo
Meu delírio musical...
O que eles não suportam
É aceitar a realidade
De um louco ser feliz.
Vaine Darde
Eles me interditaram...
Afastaram-me das domas,
Não me deixaram usar adaga,
Nem, sequer, cuidar do fogo...
E conspiraram contra mim
Com silêncio e solidão.
Pois alegam, uns aos outros,
Que me tornei perigoso
Desde quando me encontraram
Conversando com as ovelhas,
Desde quando descobriram
Que eu cultivo girassóis
Por devoção às abelhas.
Dizem que ando variando
Com milongas circulares
Na canção dos cata-ventos,
Que fiquei de miolo mole
E me desfiz das esporas
Por ter pena dos cavalos...
Proibiram-me transpor
Os limites da porteira
Numa espécie de desterro
Que me exila na querência.
Mas, eu sei que eles não sabem
Que os olhos de quem sonha
Vêem além dos horizontes...
Eles dizem que sou louco
Porque vago pela estância
Conferindo cada ninho
Onde os vôos eclodiram,
Fazendo tenda do pala
Sobre o topo das coxilhas
Pra navegar nas estrelas
Nessas noites de verão...
(Imagina se soubessem que eu carrego,
nos pessuêlos, uma colméia de versos...)
Mas enquanto eles proseiam
Agrupados no galpão,
Para encantar meu silêncio
O vento canta pra mim,
As sangas cantam pra mim,
Os grilos cantam pra mim.
Enquanto eles, que se julgam certos,
Tomam mates sonolentos
Com a água da cacimba.
Eu, numa cambona de açude,
Sorvo a lua num porongo
E povôo a solidão
Com as ausências que me habitam.
Eu embrulho a palavra
Numa folha de papel
Onde guardo traduções de ocasos e auroras,
Onde exponho meu silencio
Com zumbidos de abelha
E confesso a ternura
Que dedico aos que me odeiam.
Eu trabalho mais que eles.
Sou só um nas sesmarias
Pra saber de cada flor,
Pra saber de cada pássaro
Com que o campo sinaliza
E os outros não percebem...
Eles, sequer, reparam
Quanto sol de cada dia
Se acumula nas laranjas,
Que porção de lua cheia
Se derrama em frenesi
Na gestação da semente.
Eu, sim, eu sou livre entre
o campo e as estrelas,
Eu sei todos os caminhos
que a querência me revela
Porque vivo além de mim
O que a vida me concede.
Mas, se louco é ser dono de si mesmo
E saber que as laranjeiras
Choram lagrimas de pétalas
Num cio vertiginoso
De excessiva floração,
É ter consciência plena
Que a loucura é a poesia
Que, por não caber no peito,
Se extravasa em dialetos
E ilumina seus eleitos:
Então eles estão certos:
Eu sou mesmo perigoso,
Uma ameaça constante
De povoar o galpão
Com guitarra e arco-íres,
E abelha, e girassol.
Não , não é a mim que eles temem
Porque sabem inofensivo
Meu delírio musical...
O que eles não suportam
É aceitar a realidade
De um louco ser feliz.
Poesias... Vaine Darde...
LOUCA
Vaine Darde
Louca?
Por que será que sou louca?
Será porque ando lendo
Tantas sílabas de lua
nos versos dos pirilampos,
que decifro pelos campos
pra ser trova em minha boca?
Ou, nas noites de verão
bordo luar no vestido,
ponho estrelas nos cabelos,
em estranhas atitudes...
Ao banhar-me de poesia
no céu que fica invertido
cintilando refletido
nos espelhos dos açudes?
Louca?
Por que será que sou louca?
Será porque me interno
num mundo de fantasia
entre o horizonte e o galpão?
ou, pelas manhãs de inverno,
sou a noiva abandonada
arrastando nas canhadas,
o seu véu de cerração?
Ou porque quando amanhece
Abro os olhos e a cancela
pra deixar entrar o sol...
E enquanto a manhã se cora
me emolduro na janela
sorvendo a luz da aurora
num mate cevado a gosto
com jujo do arrebol?
Louca?
Por que será que sou louca?
Porque envolta em lonjuras
deliro com a ternura
da primavera rural?
Ou porque, quando me encanto,
adormeço ouvindo o vento
declamar no cata vento
estrofes de temporal?
Talvez seja pelo fato
de povoar a solidão
com lembranças de alguém...
Ou de andar gastando a vida
sendo a moça prometida
desse moço que não vem...
Por bordar um enxoval
com lágrimas e esperança
ou enxergar com alma
o que os olhos não vêem...
Eu até posso ser louca
por ter crises de ternura
quando tantas criaturas
declinaram de seus sonhos
e só vivem por metade
por achar que a realidade
só transita no visível...
Pois há muito me disponho
a encantar os infortúnios
vivenciando os plenilúnios,
sobre as flores dos lençóis,
nos meus sonhos de menina
quando a lua se ilumina
pra acordar os girassóis
Louca?
Será que me dizem louca
pelo doce desespero
de perseguir o cincerro
que bate no coração?
Ou nunca fechar a porta
a esperar quem não volta
com arco-íris nos olhos
e margaridas nas mãos?
Ah, o amor é um luzeiro
que toda vez que alumbra
traz o céu para a penumbra
pondo estrelas no candeeiro.
É encontro e desencontro
numa ausência tão presente
que faz a vida da gente
viver na vida do outro.
Estabelece critérios
e tira a gente do sério
por seguir o coração...
É transpor o concebido
ao encontar um sentido
para perder a razão.
Não sei se perdi o tino
ou se foi que me encantei
de amor em desvario?
Só sei que nas noites claras
a loucura me ampara
e vejo o que ninguém viu:
enquanto o céu chove estrelas
a lua dança no rio...
Pode ser que eu seja louca
mas tenho cá minhas causas...
A vida é bela e tão pouca
pra viver presa “nas casa”.
Pois quando ando no campo
e vou além da porteira,
o meu olhar com goteiras
se acende de pirilampos...
Louca?
Concordo que seja louca
porque invento quimeras
na crença dessas esperas
que chegam ao sol se pôr...
Porém prefiro sofrer
desta loucura sadia
que encanta de poesia
e enche o mundo de cor,
do que passar pelos dias
sem conhecer a magia
que enlouquece de amor!
Vaine Darde
Louca?
Por que será que sou louca?
Será porque ando lendo
Tantas sílabas de lua
nos versos dos pirilampos,
que decifro pelos campos
pra ser trova em minha boca?
Ou, nas noites de verão
bordo luar no vestido,
ponho estrelas nos cabelos,
em estranhas atitudes...
Ao banhar-me de poesia
no céu que fica invertido
cintilando refletido
nos espelhos dos açudes?
Louca?
Por que será que sou louca?
Será porque me interno
num mundo de fantasia
entre o horizonte e o galpão?
ou, pelas manhãs de inverno,
sou a noiva abandonada
arrastando nas canhadas,
o seu véu de cerração?
Ou porque quando amanhece
Abro os olhos e a cancela
pra deixar entrar o sol...
E enquanto a manhã se cora
me emolduro na janela
sorvendo a luz da aurora
num mate cevado a gosto
com jujo do arrebol?
Louca?
Por que será que sou louca?
Porque envolta em lonjuras
deliro com a ternura
da primavera rural?
Ou porque, quando me encanto,
adormeço ouvindo o vento
declamar no cata vento
estrofes de temporal?
Talvez seja pelo fato
de povoar a solidão
com lembranças de alguém...
Ou de andar gastando a vida
sendo a moça prometida
desse moço que não vem...
Por bordar um enxoval
com lágrimas e esperança
ou enxergar com alma
o que os olhos não vêem...
Eu até posso ser louca
por ter crises de ternura
quando tantas criaturas
declinaram de seus sonhos
e só vivem por metade
por achar que a realidade
só transita no visível...
Pois há muito me disponho
a encantar os infortúnios
vivenciando os plenilúnios,
sobre as flores dos lençóis,
nos meus sonhos de menina
quando a lua se ilumina
pra acordar os girassóis
Louca?
Será que me dizem louca
pelo doce desespero
de perseguir o cincerro
que bate no coração?
Ou nunca fechar a porta
a esperar quem não volta
com arco-íris nos olhos
e margaridas nas mãos?
Ah, o amor é um luzeiro
que toda vez que alumbra
traz o céu para a penumbra
pondo estrelas no candeeiro.
É encontro e desencontro
numa ausência tão presente
que faz a vida da gente
viver na vida do outro.
Estabelece critérios
e tira a gente do sério
por seguir o coração...
É transpor o concebido
ao encontar um sentido
para perder a razão.
Não sei se perdi o tino
ou se foi que me encantei
de amor em desvario?
Só sei que nas noites claras
a loucura me ampara
e vejo o que ninguém viu:
enquanto o céu chove estrelas
a lua dança no rio...
Pode ser que eu seja louca
mas tenho cá minhas causas...
A vida é bela e tão pouca
pra viver presa “nas casa”.
Pois quando ando no campo
e vou além da porteira,
o meu olhar com goteiras
se acende de pirilampos...
Louca?
Concordo que seja louca
porque invento quimeras
na crença dessas esperas
que chegam ao sol se pôr...
Porém prefiro sofrer
desta loucura sadia
que encanta de poesia
e enche o mundo de cor,
do que passar pelos dias
sem conhecer a magia
que enlouquece de amor!
Poesias... Carlos Omar Villela Gomes...
DE ALMA INTEIRA
Carlos Omar Villela Gomes
Retoçou o peito feito potro arisco renegando o freio...
Já mirei na volta, procurando as portas
Pra saltar bem longe dessa solidão.
Refuguei o mate, espantei as mágoas
E bebi das águas do meu coração.
Já não vejo sonhos tão incertos,
Nem percebo sombras mal dormidas...
A alma é clara e ilumina o breu.
Não me falem da linha do horizonte
Por distante, fugaz, inatingível...
Meu horizonte não é mais que eu.
Pois se meus olhos cegam, sem auroras
Frente aos tombos e tropeços da jornada,
Quando levanto e retorno à caminhada
Sou meu próprio horizonte nessa hora.
Pra quem é livre e renegou maneias
Não há malino que lhe escreva a sorte...
Não me quebram a espinha sem peleia,
Não me vergam a alma, nem na morte.
Não tremo ao tinir das açoiteiras,
Dou a cara a tapa, mostro a outra face...
Pois a cada golpe minha fé renasce
E eu renasço das cinzas de alma inteira!
De alma inteira, abraçando o mundo,
Bendizendo a vida, retrucando os pealos,
E inundando os olhos, meio sem querer...
Não o pranto triste de uma dor que aflora,
Mas o pranto doce que a alma chora
Quando a paz é tudo o que se pode ver.
Meus manuscritos são simples,
Contam histórias tão simples...
É tão fácil ser feliz!
E mesmo tendo feridas
Só me arrependo na vida
Das coisas que eu nunca fiz.
As sementes que plantei
e a terra não germinou...
A morada que ergui
e a enchente carregou...
Os ideais que busquei
e o destino me negou...
Não são peleias perdidas...
São entrelinhas da vida
Que escreveu o que sou.
E no fim de tudo, eu sei,
Levarei junto a certeza
Que pelo menos tentei.
De alma inteira me entrego à vida
Sem temer os golpes, desviando os laços
Que de sobre-lombo o destino joga;
Sou assim, renasço, atropelo a sorte...
Minha alma inteira é de liberdade
E uma alma livre não se põe a soga!
Carlos Omar Villela Gomes
Retoçou o peito feito potro arisco renegando o freio...
Já mirei na volta, procurando as portas
Pra saltar bem longe dessa solidão.
Refuguei o mate, espantei as mágoas
E bebi das águas do meu coração.
Já não vejo sonhos tão incertos,
Nem percebo sombras mal dormidas...
A alma é clara e ilumina o breu.
Não me falem da linha do horizonte
Por distante, fugaz, inatingível...
Meu horizonte não é mais que eu.
Pois se meus olhos cegam, sem auroras
Frente aos tombos e tropeços da jornada,
Quando levanto e retorno à caminhada
Sou meu próprio horizonte nessa hora.
Pra quem é livre e renegou maneias
Não há malino que lhe escreva a sorte...
Não me quebram a espinha sem peleia,
Não me vergam a alma, nem na morte.
Não tremo ao tinir das açoiteiras,
Dou a cara a tapa, mostro a outra face...
Pois a cada golpe minha fé renasce
E eu renasço das cinzas de alma inteira!
De alma inteira, abraçando o mundo,
Bendizendo a vida, retrucando os pealos,
E inundando os olhos, meio sem querer...
Não o pranto triste de uma dor que aflora,
Mas o pranto doce que a alma chora
Quando a paz é tudo o que se pode ver.
Meus manuscritos são simples,
Contam histórias tão simples...
É tão fácil ser feliz!
E mesmo tendo feridas
Só me arrependo na vida
Das coisas que eu nunca fiz.
As sementes que plantei
e a terra não germinou...
A morada que ergui
e a enchente carregou...
Os ideais que busquei
e o destino me negou...
Não são peleias perdidas...
São entrelinhas da vida
Que escreveu o que sou.
E no fim de tudo, eu sei,
Levarei junto a certeza
Que pelo menos tentei.
De alma inteira me entrego à vida
Sem temer os golpes, desviando os laços
Que de sobre-lombo o destino joga;
Sou assim, renasço, atropelo a sorte...
Minha alma inteira é de liberdade
E uma alma livre não se põe a soga!
quinta-feira, 31 de março de 2011
Cifra... Joca Martins...
Luzeiros da Alma
C Dm7 E7 Am Dm7 G7 C7M Am Dm Ebº E7 Am
Dm E7 Am
Quem são os loucos tropeiros parceiros das madrugadas
Dm E7 Am
Cruzando passos e aguadas no lombo da lua grande
Dm G7 C
São com certeza o Rio Grande em roda das serranias
Gm7 C7 F Bb7 E7
Só pra ver clarear o dia depois que a noite se atora
Bb7(#11) Am E7 Am
(Vendo a roseta da espora se fazer de estrela guia) Bis
Dm E7 Am
Quem são os loucos campeiros buscando as próprias raízes
Dm E7 Am
Reabrindo as cicatrizes dos seus peitos machucados
Dm G7 C
E no cantar são amados pois trazem grumes nas goelas
Gm7 C7 F Bb7 E7
fazendo abrir as janelas some o gemer do arreio
Bb7(#11) Am E7 Am
/E vendo a perna do freio se fazer de estrela guia/ Bis
Int.
Dm E7 Am
Deparo sobre as perguntas como rondando a mim mesmo
Dm E7 Am
Decerto não andam a esmo pois trazem pátria nos bastos
Dm G7 C
Iluminando os seus rastros na sinfonia da noite
Gm7 C7 F Bb7 E7
Vão clareando os horizontes então enxergo o luzeiro
Bb7(#11) Am E7 Am
{Vendo a alma desses homens se fazer de estrela guia} Bis
( )/ /{ }
C Dm7 E7 Am Dm7 G7 C7M Am Dm Ebº E7 Am
Dm E7 Am
Quem são os loucos tropeiros parceiros das madrugadas
Dm E7 Am
Cruzando passos e aguadas no lombo da lua grande
Dm G7 C
São com certeza o Rio Grande em roda das serranias
Gm7 C7 F Bb7 E7
Só pra ver clarear o dia depois que a noite se atora
Bb7(#11) Am E7 Am
(Vendo a roseta da espora se fazer de estrela guia) Bis
Dm E7 Am
Quem são os loucos campeiros buscando as próprias raízes
Dm E7 Am
Reabrindo as cicatrizes dos seus peitos machucados
Dm G7 C
E no cantar são amados pois trazem grumes nas goelas
Gm7 C7 F Bb7 E7
fazendo abrir as janelas some o gemer do arreio
Bb7(#11) Am E7 Am
/E vendo a perna do freio se fazer de estrela guia/ Bis
Int.
Dm E7 Am
Deparo sobre as perguntas como rondando a mim mesmo
Dm E7 Am
Decerto não andam a esmo pois trazem pátria nos bastos
Dm G7 C
Iluminando os seus rastros na sinfonia da noite
Gm7 C7 F Bb7 E7
Vão clareando os horizontes então enxergo o luzeiro
Bb7(#11) Am E7 Am
{Vendo a alma desses homens se fazer de estrela guia} Bis
( )/ /{ }
Cifra... César Oliveira & Rogério Melo...
César Oliveira e Rogério Melo - Na Farra
Composição: Rogério Villagran / Aloísio Rockembach
(intro) Dm Dm Gm C Dm
Dm
Ouço a guitarra na farra que se encordoa
Bb
E a noite mansa me alcança floreando a goela
A Dm
Castigo o bordão no clarão dos olhos dela
Bb A Dm
Que deixa a prima sem rima sonando a toa
(repete 2x)
C F
Quem não rebancha na cancha mete o cavalo
A Dm
Porque a malícia é carícia que me alucina
Bb F
Quem sabe a volta se solta de relancina
A Dm
Quando a escramuça soluça no mesmo embalo
(repete 2x)
Bb
Prendo-lhe o grito e solito escoro o golpe
F
Firme encordoada afinada que se desdobra
C (A) (Dm)
E num confronto me apronto se algo me sobra
(Bb ) (A ) F (Dm)
Tenteio a boca e por louca que ela se tope
(Dm Gm C Dm) (2x)
Dm
Linda morena que pena meu mundo é outro
Bb
Pois meu destino teatino quer que assim seja
A Dm
Na minha estampa se acampa a sina andeja
Bb A Dm
Ânsias de farra, guitarra e lombo de potro
(2ª estrofe)
(3ª estrofe)(2x)
(Dm Gm C Dm)
Composição: Rogério Villagran / Aloísio Rockembach
(intro) Dm Dm Gm C Dm
Dm
Ouço a guitarra na farra que se encordoa
Bb
E a noite mansa me alcança floreando a goela
A Dm
Castigo o bordão no clarão dos olhos dela
Bb A Dm
Que deixa a prima sem rima sonando a toa
(repete 2x)
C F
Quem não rebancha na cancha mete o cavalo
A Dm
Porque a malícia é carícia que me alucina
Bb F
Quem sabe a volta se solta de relancina
A Dm
Quando a escramuça soluça no mesmo embalo
(repete 2x)
Bb
Prendo-lhe o grito e solito escoro o golpe
F
Firme encordoada afinada que se desdobra
C (A) (Dm)
E num confronto me apronto se algo me sobra
(Bb ) (A ) F (Dm)
Tenteio a boca e por louca que ela se tope
(Dm Gm C Dm) (2x)
Dm
Linda morena que pena meu mundo é outro
Bb
Pois meu destino teatino quer que assim seja
A Dm
Na minha estampa se acampa a sina andeja
Bb A Dm
Ânsias de farra, guitarra e lombo de potro
(2ª estrofe)
(3ª estrofe)(2x)
(Dm Gm C Dm)
sexta-feira, 25 de março de 2011
Cifra... Robledo Martins...
Robledo Martins - Silêncio e Pedra
Composição: Lisandro Amaral e Aluisio Rockembach
Tom: Em
Intr.:
Bm Em
Silêncio e pedra, molho a alma qual o rio
A7 A#º Bm Bsus2
Canoa e remo, misterioso igual tajã,
Bm Em
Temendo as chuvas, pesco aos olhos veraneiros
A7 A#º Bm
De um céu inteiro, que reflete o Camaquã.
Em Bm
Andei no tempo igual as águas, nada mais
F#7 Bm
Por tempo sei que os meus silêncios pensadores
Em Bm A G
Igual a tantos que remando anoiteceram
F#7 Bm
Silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.
B|-7-9---7-9--------||
G|-----7-----7-8-10-||
Em Bm
Alma e rio, dorme o cio de quem passou
G F#7 Bm
Junto a barranca que me viu, silêncio e medo
Em Bm
Alma em cio, sabe o rio que em mim plantou
G F#7 Bm
Água e vida que se escapam pelos dedos.
D|-------------4-2-------||
A|-2-4-5-2-4-5-----5-4-2-||
D|-----------4-5-4-2-----||
A|-2-4-5-2-4---------5-4-||
D|-------------7-5-4---4--------------||
A|-4-5-7-4-5-7-------7---5-7-9-5-7-9-10-2-||
Bm G A D F#7 Bm
Em
Silêncio e pedra, molho a vida em meio ao rio
A7 A#º Bm
Remo e canoa, mais alerta que um tajã
Bm Em
Temendo os ventos, sonho aos olhos veraneiros
A7 A#º Bm
De um mundo inteiro, que remei no Camaquã.
Em Bm
Andei no tempo igual as águas, nada mais
F#7 Bm
Por tempo sei que os meus silêncios pensadores
Em Bm A G
Igual a tantos que remando anoiteceram
F#7 Bm
Silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.
Composição: Lisandro Amaral e Aluisio Rockembach
Tom: Em
Intr.:
Bm Em
Silêncio e pedra, molho a alma qual o rio
A7 A#º Bm Bsus2
Canoa e remo, misterioso igual tajã,
Bm Em
Temendo as chuvas, pesco aos olhos veraneiros
A7 A#º Bm
De um céu inteiro, que reflete o Camaquã.
Em Bm
Andei no tempo igual as águas, nada mais
F#7 Bm
Por tempo sei que os meus silêncios pensadores
Em Bm A G
Igual a tantos que remando anoiteceram
F#7 Bm
Silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.
B|-7-9---7-9--------||
G|-----7-----7-8-10-||
Em Bm
Alma e rio, dorme o cio de quem passou
G F#7 Bm
Junto a barranca que me viu, silêncio e medo
Em Bm
Alma em cio, sabe o rio que em mim plantou
G F#7 Bm
Água e vida que se escapam pelos dedos.
D|-------------4-2-------||
A|-2-4-5-2-4-5-----5-4-2-||
D|-----------4-5-4-2-----||
A|-2-4-5-2-4---------5-4-||
D|-------------7-5-4---4--------------||
A|-4-5-7-4-5-7-------7---5-7-9-5-7-9-10-2-||
Bm G A D F#7 Bm
Em
Silêncio e pedra, molho a vida em meio ao rio
A7 A#º Bm
Remo e canoa, mais alerta que um tajã
Bm Em
Temendo os ventos, sonho aos olhos veraneiros
A7 A#º Bm
De um mundo inteiro, que remei no Camaquã.
Em Bm
Andei no tempo igual as águas, nada mais
F#7 Bm
Por tempo sei que os meus silêncios pensadores
Em Bm A G
Igual a tantos que remando anoiteceram
F#7 Bm
Silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.
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